Succession: porque é uma das melhores séries de sempre
São interesseiros, intriguistas, manipuladores, implacáveis e superficiais. E é por tudo isto que os vai adorar.
Se ainda não os conhece, apresento-lhe os Roy: uma família distinta de Nova Iorque, que tem tanto de rica e poderosa como de perversa e disfuncional.
E, embora esta família faça parte de círculos que, à partida, nenhum de nós frequenta — pois parto do princípio da improbabilidade de que o leitor pertença à ínfima percentagem dos mega-ricos do planeta —, arrisco afirmar que quem se decidir a ver o primeiro episódio não precisará de muito para se deixar envolver pelos encantos de toda esta gente fascinantemente canalha, tal é a qualidade desta série verdadeiramente épica.
Vale a pena ver Succession?
Succession estranha-se e depois entranha-se, mesmo que, no fim de cada cena, reste a sensação de que o que impera na vida dos Roy e das pessoas que gravitam à sua volta, seja apenas — e só — um puro e duro “salve-se quem puder”.
Com Logan Roy a fazer lembrar Rupert Murdoch, também ele um emigrante que fundou um império mediático, Succession acompanha os esforços de quatro irmãos — Kendall, Roman, Siobhan e Connor — para sucederem ao pai, Logan, no controlo do gigante dos media e entretenimento, Waystar Royco. E aqui é importante deixar bem claro que, por “esforços”, o leitor deve entender “vale tudo, menos tirar olhos”.
À pergunta “Vale a pena ver Succession?”, apraz-me dizer o seguinte: Succession está indiscutivelmente no topo das melhores séries de todos os tempos, e poucas retratam tão bem a natureza humana — no seu pior.
Uma série épica da HBO
Magistralmente criada por Jesse Armstrong, Succession é uma série de excelência que apresenta um elenco notável e um dos temas de abertura mais icónicos de sempre. Acumulou cerca de 250 nomeações e conquistou 92 prémios no total, incluindo 19 Emmy Awards e 9 Golden Globes.
Mais palavras para quê? Pegue no comando e comece a ver.
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